Ler é algo maravilhoso, mas é difícil começar porque, diante de tantas opções, não sabemos qual escolher. Na maioria das vezes, nos deparamos com gostos diferentes do nosso e isso, de alguma forma, nos inibe de começar a ler.
Nas escolas nos indicam Iracema, Memórias Póstumas de Brás Cubas, O Mulato e alguns outros bons livro, mas que são chatos quando não pegamos o jeito de ler e abstrair o rebuscamento da época.
Por isso, decidimos criar este blog para indicar os livros que lemos, como os classificamos, fazer uma resenha, indicar sites para baixar livros, enfim, incentivar quem deseja iniciar uma boa leitura ou continuar nesse mundo de troca de informação tão brilhante.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

As mentiras que os homens contam

Essa semana, aproveitei a minha hora de almoço para ler, em arquivo digital, uma boa obra de Luis Fernando Veríssimo, As Mentiras que os Homens Contam.

Trata-se uma coletânea de contos, onde o tema principal é a mentira. os textos são bons, convincentes e bem contados. Não consegui entender alguns poucos, mas acho que é minha mente femina que perdeu alguma piada de entendimento masculino.

O livro digital está disponível no site esnips. É só baixar e ler, sem pagar por isso.

Deixo aqui, um pedacinho do livro, quem sabe isso não incentiva. Trata-se do conto "A Verdade", pra mim um dos melhores.

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A VERDADE

Uma donzela estava um dia sentada à beira de um riacho, deixando a água do riacho passar por entre os seus dedos muito brancos, quando sentiu o seu anel de diamante ser levado pelas águas. Temendo o castigo do pai, a donzela contou em casa que fora assaltada por um homem no bosque e que ele arrancara o anel de diamante do seu dedo e a deixara desfalecida sobre um canteiro de margaridas. O pai e os irmãos da donzela foram atrás do assaltante e encontraram um homem dormindo no bosque, e o mataram, mas não encontraram o anel de diamante. E a donzela disse:
— Agora me lembro, não era um homem, eram dois.
E o pai e os irmãos da donzela saíram atrás do segundo homem, e o encontraram, e o mataram, mas ele também não tinha o anel. E a donzela disse:
— Então está com o terceiro!
Pois se lembrara que havia um terceiro assaltante. E o pai e os irmãos da donzela saíram no encalço do terceiro assaltante, e o encontraram no bosque. Mas não o mataram, pois estavam fartos de sangue. E trouxeram o homem para a aldeia, e o revistaram, e encontraram no seu bolso o anel de diamante da donzela, para espanto dela.
— Foi ele que assaltou a donzela, e arrancou o anel de seu dedo, e a deixou desfalecida — gritaram os aldeões. — Matemno!
— Esperem! — gritou o homem, no momento em que passavam a corda da forca pelo seu pescoço. — Eu não roubei o anel. Foi ela que me deu!
E apontou a donzela, diante do escândalo de todos.
O homem contou que estava sentado à beira do riacho, pescando, quando a donzela se aproximou dele e pediu um beijo. Ele deu o beijo. Depois a donzela tirara a roupa e pedira que ele a possuísse, pois queria saber o que era o amor. Mas como era um homem honrado, ele resistira, e dissera que a donzela devia ter paciência, pois conheceria o amor do marido no seu leito de núpcias. Então a donzela lhe oferecera o anel, dizendo: "Já que meus encantos não o seduzem, este anel comprará o seu amor." E ele sucumbira, pois era pobre, e a necessidade é o algoz da honra.
Todos se viraram contra a donzela e gritaram: "Rameira! Impura! Diaba!" e exigiram seu sacrifício. E o próprio pai da donzela passou a forca para o seu pescoço. Antes de morrer, a donzela disse para o pescador:
— A sua mentira era maior que a minha. Eles mataram pela minha mentira e vão matar pela sua. Onde está, afinal, a verdade?
O pescador deu de ombros e disse:
— A verdade é que eu achei o anel na barriga de um peixe. Mas quem acreditaria nisso? O pessoal quer violência e sexo, não histórias de pescador.
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terça-feira, 6 de novembro de 2007

Marley e Eu

Estava em um daqueles dias afim de ler algo belo, simples e fácil, mas que não fosse Paulo Coelho. Fiquei rodando a Siciliano sem saber exatamente o que comprar; neste momento me deparei com esta figurinha ao lado, de olhar inocente, muito parecido com a carinha de Branca, minha cadela, quando apronta. Amor à primeira vista.
Resolvi ler a orelha do livro, mas já estava convencida que o levaria e levei.
Marley e Eu conta a história de uma família e seu cão. Mostra os laços de amor, respeito e companheirismo entre o cão e seus donos.

O livro me fez rir e chorar muitas vezes. Na verdade quando eu não estava rindo, estava chorando. Um dos fatores positivos é enxergar em Marley as peripécias de Branca, minha fofucha (foto abaixo) e, talvez por isso, tenha me emocionado tanto.

Marley e Eu me mostrou que em outros países, existem pessoas que compartilham o mesmo sentimento que eu, me fazendo perceber que o amor é uma linguagem universal. Um animal reforça os laços familiares e nos coloca diante das verdadeiras importâncias da vida.

A linguagem é muito simples e direta. Existe descrição, mas só o necessário para nos contextualizarmos, nada excessivo ou cansativo. O espaçamento é 1 1/2 e a fonte com um bom tamanho. Um bom livro pra relaxar a mente, pra iniciar o processo de leitura e para aprender a amar os animais.

Quando for ler, compre, pois vai querer guardá-lo ou emprestá-lo a outros amigos. É sensacional!

Revolucione sua Qualidade de Vida



Bom livro, com dicas profundas que nos fazem refletir sobre nossa forma de enxergar e nos relacionarmos com a vida. Possue uma orientação prática que podemos seguir e melhorar nossa qualidade de vida.

Apesar de ser um livro de auto-ajuda, ele é diferenciado pois o autor é uma psiquiatra e psicoterapeuta conceituado que fundamenta suas ideias na ciência e também nas palavras de positivismo e de superação.

Um livro com baixo custo, na americanas.com custa R$ 11,90, mas com um valor agregado para nossas vidas incalculável.

Leiam !

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

O Caçador de Pipas


Comprei o livro "O Caçador de Pipas" em setembro deste ano, mas evitei de lê-lo por me parecer especial demais para ler em qualquer momento. Falando desse meu "trauma" com Rosinha, ela me convenceu a começar a ler por que, segundo ela, "não existe hora boa ou ruim pra começar a ler um livro". Foi o que fiz, conseguindo concluí-lo no sábado, dia 03/11/2007.
Nos primeiros capítulos, achei a linguagem infantil e as ideias bobas, então, novamente apelei pra Rosinha que me veio com mais uma frase: "É assim mesmo, é pra percebermos a personalidade de Amir. Chega um capítulo, não lembro qual, que a gente não pára mais de ler". E foi isso que aconteceu. Na verdade, lembramos perfeitamente qual capítulo não paramos mais de ler, mas se contarmos, perderá a surpresa do livro.
O livro é bem escrito, tem muita descrição o que nos faz imaginar os traços das pessoas, os ambientes e os costumes da região do Afeganistão. É possível imaginar o Afeganistão antes e depois da guerra e também perceber um povo forte, com princípios, que se perdeu em sua própria ignorância e numa guerra desigual.
Tem algumas coincidências no livro que o faz parecer um roteiro de filme ou novela e, às vezes, me peguei imaginando e acertando, o que o autor narraria adiante. Isso me fez ficar em dúvida se é algo bom ou ruim em um livro. Outra coisa que não gostei foi o final porque, nesse ponto, sou meio afegã, gosto de saber o final e de saber que é um final feliz. É como assistir uma novela e, após a mocinha sofrer muito, não consegue casar com o mocinho. Talvez essa característica seja positiva para muitos leitores.
Eu o recomendo. Não é livro pra rir e sim pra chorar, viver, imaginar e entender um pouco sobre um povo tão sofrido e tão orgulhoso. Comece a qualquer momento, leia com qualquer idade.

Na wikipedia tem detalhes sobre o livro. Aviso que conta boa parte do enredo, então pode perder um pouco a graça.

domingo, 4 de novembro de 2007

O Senhor dos Anéis

Imagem do anel do poderO Senhor dos Anéis (Lord of the Rings) é um romance fictício épico, criado pelo escritor e lingüista J. R. R. Tolkien. A história ocorre em um tempo e espaço imaginários: a Terceira Era da Terra Média. Inspirado no nosso mundo real, essa Terra Média é habitada por seres humanos, elfos, ogros, anões e outros tipos de criaturas. A criatura mais especial, raça da personagem principal do livro, é um hobbit chamado Frodo.

Tudo começa, na verdade, em um outro livro chamado "O Hobbit"; mas quem não o ler não perderá o entendimento da história toda. Todo o enredo é construído em torno da luta pelo anel do poder. Frodo fica encarregado de levar o anel do poder a um local sagrado para destruí-lo e, assim, libertar a Terra Média de todo o mal gerado por Sauron, o criador do anel.

A obra foi dividida em três volumes. O primeiro, chamado A Sociedade do Anel, inicia com a entrega do fardo a Frodo e termina com os guerreiros indo em direção ao seu destino. O segundo volume, chamado As Duas Torres, acrescenta mais personagens e cenários e prepara a história para o desenrolar final. Finalmente, o terceiro volume, chamado O Retorno do Rei, mostra a batalha principal entre o bem e o mal e a destruição do anel do poder.

Tudo é muito bem ambientado no imaginário do leitor através de referências a mapas (colocados como apêndices em todos os volumes) e detalhes de como a Terra Média e suas raças que a habitam foram formadas e interagem. Como o autor era estudioso da arte da lingüistica, existe um apêndice que dá detalhes de como funciona a língua dos elfos (existem comunidades na Internet que conversam em elfo).

É uma boa história para quem gosta de romances épicos. Recomendo!