tag:blogger.com,1999:blog-16526911916907553832024-03-13T01:59:03.086-03:00Li e recomendoQuem lê aprende a escrever e quem escreve aprende a expor seus pensamentos, medos e desejos de forma positiva.Geovanahttp://www.blogger.com/profile/01590146106796890459noreply@blogger.comBlogger55125tag:blogger.com,1999:blog-1652691191690755383.post-15310499613298888602011-06-13T11:11:00.001-03:002011-06-13T11:13:03.404-03:00Extrator de sentimentos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-HPSEmWoDebM/TfYayHEblkI/AAAAAAAADUg/ei6Fl07INho/s1600/200px-Lisboa-Pessoa-A_Brasileira-1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://4.bp.blogspot.com/-HPSEmWoDebM/TfYayHEblkI/AAAAAAAADUg/ei6Fl07INho/s200/200px-Lisboa-Pessoa-A_Brasileira-1.jpg" width="150" /></a></div>Hoje é o aniversário de Fernando Pessoa, grande nome da literatura portuguesa que de tão popular e belo até parece ser conterrâneo nosso. <br />
Eu gosto muito de um famoso poema dele, <em>Atopsicografia</em>, porque traduz exatamente o que se passa na alma ao escrever e ler um poema. É difícil para quem faz poesia, distinguir até onde o sentimento é real ou imaginário. Podemos simplesmente viver a dor ou a alegria do outro ou transformar um simples momento em um poema para a vida toda. Nem sempre o que escrevemos foi experiência de vida, podendo ser apenas um posicionamento no lugar do outro, um desejo de sentir o que não se viveu. Quem lê o que escrevemos visualiza a própria dor ou alegria, imaginando que o poeta viveu o mesmo que ele.<br />
Poema é isso, um extrator de sentimento, não aquele utilizado para escrever, mas o que sai de quem lê e toma o poema para si. João Pessoa é um grande extrator de sentimentos, um poeta como poucos.<br />
<br />
<br />
<em><strong>AUTOPSICOGRAFIA</strong></em><br />
<em><strong></strong></em><br />
<br />
<em>O poeta é um fingidor.</em><br />
<em>Finge tão completamente</em><br />
<em>Que chega a fingir que é dor</em><br />
<em>A dor que deveras sente.</em><br />
<br />
<em>E os que lêem o que escreve,</em><br />
<em>Na dor lida sentem bem,</em><br />
<em>Não as duas que ele teve,</em><br />
<em>Mas só a que eles não têm.</em><br />
<br />
<em>E assim nas calhas da roda</em><br />
<em>Gira, a entreter a razão,</em><br />
<em>Esse comboio de corda</em><br />
<em>Que se chama o coração.</em><br />
<em><br />
</em><br />
<em>(Fernando Pessoa)</em><br />
<em><br />
</em><br />
<em></em><br />
<br />
<em><strong>Enquanto...</strong></em><br />
<br />
<em>Enquanto não superarmos</em><br />
<em></em><br />
<em>a ânsia do amor sem limites,</em><br />
<em>não podemos crescer</em><br />
<em>emocionalmente.</em><br />
<br />
<em>Enquanto não atravessarmos</em><br />
<em>a dor de nossa própria solidão,</em><br />
<em>continuaremos</em><br />
<em>a nos buscar em outras metades.</em><br />
<br />
<em>Para viver a dois, antes, é</em><br />
<em>necessário ser um.</em><br />
<br />
<em>(Fernando Pessoa)</em><br />
<em><br />
</em><br />
<br />
Imagem: Estátua de Fernando Pessoa da autoria de Lagoa Henriques, no café A Brasileira, no Chiado, LisboaGeovanahttp://www.blogger.com/profile/01590146106796890459noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1652691191690755383.post-28679540857576547022011-04-11T10:51:00.000-03:002011-04-11T10:51:57.246-03:00O dia do coringa<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-c9X_46dfE_U/TaMBrhHSBrI/AAAAAAAADJA/LeraWb5S6_E/s1600/o-dia-do-curinga.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://2.bp.blogspot.com/-c9X_46dfE_U/TaMBrhHSBrI/AAAAAAAADJA/LeraWb5S6_E/s200/o-dia-do-curinga.jpg" width="132" /></a></div>Título: O Dia do Curinga<br />
Editora: Companhia das Letras <br />
Autor: JOSTEIN GAARDER <br />
Ano: 1996<br />
<br />
Quantas vezes ouvimos a expressão "A vida é um jogo"? O autor levou a sério esta afirmação e associou a vida a um jogo de paciência onde uma jogada determina o futuro de outra e o coringa é o jogador.<br />
<br />
Apesar de ser um livro para adolescentes, qualquer pessoa achará graça em lê-lo. Os cenários são bem descritos, os personagens interessantes e a história bem contada. O autor nos leva a um mundo de fantasia onde as cartas ganham vida e determinam o futuro de um menino.<br />
<br />
Não consegui abstrair tanto a ponto de encontrar a quantidade de filosofia pretendida. O que percebi é que a vida é como um jogo de paciência onde cada carta posicionada nos leva a reorganizar o jogo para vencê-lo, ou seja, a cada passo que damos, precisamos nos reorganizar para que a vida flua e as metas sejam alcançadas. Outra conclusão é que nossos passos determinam mudanças na vida de outras pessoas e no nosso jogo somos o curinga, a pessoa única que influencia e muda o mundo ao redor. O curinga pode mudar as regras do jogo, ou seja, podemos mudar nosso nosso jogo de paciência, assim como nossa vida.<br />
<br />
Não é tão óbvio chegar a essa conclusão, então podem haver outras interpretações para o livro e essa pode nem estar certa. Tudo depende do ponto de vista de quem o lê e da fase da vida em que esteja.Geovanahttp://www.blogger.com/profile/01590146106796890459noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1652691191690755383.post-24445572587655161042011-04-11T09:56:00.000-03:002011-04-11T09:56:55.611-03:00Confie em mim<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-r2mMGqLPaRA/TaL6NpMg_LI/AAAAAAAADI4/7X-AFUX_3jk/s1600/21552003_4.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://3.bp.blogspot.com/-r2mMGqLPaRA/TaL6NpMg_LI/AAAAAAAADI4/7X-AFUX_3jk/s200/21552003_4.jpg" width="200" /></a>Título: Confie em Mim</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Tradução: Marcelo Mendes</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Editora: Sextante </div>Autor: HARLAN COBEN <br />
Ano: 2009<br />
<br />
Harlan Cobem fez um romance policial, Não Conte a Ninguém, que é simplesmente fantástico e, é claro, eu fiquei com vontade de ler outras obras do autor. O título Confie em Mim pareceu interessante, então resolvi lê-lo. O livro é bom, tem uma proposta de enredo diferente, mas o desenvolvimento é muito parecido com o outro, ou seja, é mais um daqueles livros bem comerciais com fórmulas prontas para o rápido sucesso. Mesmo assim é interessante de ler. Os personagens são bem definidos, o cenário bem elaborado e a linguagem fácil, mas não cansativa. Traz um questionamento sobre família, confiança e liberdade. No geral, eu recomendo.<br />
<br />
<br />
Sinopse:<br />
<em>Preocupados com o comportamento cada vez mais distante de seu filho Adam - principalmente depois do suicídio de seu melhor amigo, Spencer Hill -, o Dr. Mike Baye e sua esposa, Tia, decidem instalar um programa de monitoração no computador do garoto.</em><br />
<em></em><br />
<em><br />
</em><br />
<em>Os primeiros relatórios não revelam nada importante. Porém, quando eles já começavam a se sentir mais tranqüilos, uma estranha mensagem muda completamente o rumo dos acontecimentos: "Fica de bico calado que a gente se safa."</em><br />
<em><br />
</em><br />
<em>Perto dali, a mãe de Spencer, Betsy, encontra uma foto que levanta suspeitas sobre as circunstâncias da morte de seu filho. Ao contrário do que todos pensavam, ele não estava sozinho naquela noite fatídica. Teria sido mesmo suicídio?</em><br />
<em><br />
</em><br />
<em>Para tornar o caso ainda mais estranho, Adam combina ir a um jogo com o pai, mas desaparece misteriosamente. Acreditando que o garoto está correndo grande perigo, Mike não medirá esforços para encontrá-lo.Quando duas mulheres são assassinadas, uma série de acontecimentos faz com que a vida de todas essas pessoas se cruzem de forma trágica, violenta e inesperada.</em>Geovanahttp://www.blogger.com/profile/01590146106796890459noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1652691191690755383.post-56942356084210225242011-01-27T14:07:00.000-03:002011-01-27T14:07:00.264-03:00Poesia Matemática<strong>Poesia Matemática</strong><br />
<br />
(Millôr Fernandes)<br />
<br />
Às folhas tantas <br />
do livro matemático<br />
um Quociente apaixonou-se<br />
um dia <br />
doidamente<br />
por uma Incógnita.<br />
Olhou-a com seu olhar inumerável<br />
e viu-a do ápice à base<br />
uma figura ímpar;<br />
olhos rombóides, boca trapezóide, <br />
corpo retangular, seios esferóides.<br />
Fez de sua uma vida <br />
paralela à dela<br />
até que se encontraram <br />
no infinito.<br />
"Quem és tu?", indagou ele<br />
em ânsia radical.<br />
"Sou a soma do quadrado dos catetos.<br />
Mas pode me chamar de Hipotenusa."<br />
E de falarem descobriram que eram<br />
(o que em aritmética corresponde<br />
a almas irmãs)<br />
primos entre si.<br />
E assim se amaram<br />
ao quadrado da velocidade da luz<br />
numa sexta potenciação <br />
traçando <br />
ao sabor do momento<br />
e da paixão<br />
retas, curvas, círculos e linhas sinoidais<br />
nos jardins da quarta dimensão.<br />
Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclidiana<br />
e os exegetas do Universo Finito.<br />
Romperam convenções newtonianas e pitagóricas. <br />
E enfim resolveram se casar<br />
constituir um lar, <br />
mais que um lar, <br />
um perpendicular.<br />
Convidaram para padrinhos<br />
o Poliedro e a Bissetriz.<br />
E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro<br />
sonhando com uma felicidade <br />
integral e diferencial. <br />
E se casaram e tiveram uma secante e três cones<br />
muito engraçadinhos.<br />
E foram felizes <br />
até aquele dia <br />
em que tudo vira afinal<br />
monotonia.<br />
Foi então que surgiu <br />
O Máximo Divisor Comum<br />
freqüentador de círculos concêntricos,<br />
viciosos. <br />
Ofereceu-lhe, a ela,<br />
uma grandeza absoluta<br />
e reduziu-a a um denominador comum.<br />
Ele, Quociente, percebeu<br />
que com ela não formava mais um todo,<br />
uma unidade. <br />
Era o triângulo, <br />
tanto chamado amoroso.<br />
Desse problema ela era uma fração, <br />
a mais ordinária. <br />
Mas foi então que Einstein descobriu a Relatividade<br />
e tudo que era espúrio passou a ser moralidade<br />
como aliás em qualquer sociedade.<br />
<br />
<br />
<br />
Fonte: Texto extraído do livro "Tempo e Contratempo", Edições O Cruzeiro - Rio de Janeiro, 1954, pág. sem número, publicado com o pseudônimo de Vão Gogo.Geovanahttp://www.blogger.com/profile/01590146106796890459noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1652691191690755383.post-579243985192950362011-01-17T12:36:00.000-03:002011-01-17T12:36:21.116-03:00Tenha um pouco de fé<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_enuQd7ADcDs/TTRhHVvobaI/AAAAAAAADDY/eLEdrSM8yP4/s1600/tenhaUmPoucoDeFe.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" n4="true" src="http://4.bp.blogspot.com/_enuQd7ADcDs/TTRhHVvobaI/AAAAAAAADDY/eLEdrSM8yP4/s200/tenhaUmPoucoDeFe.jpg" width="133" /></a></div>Título: Tenha um pouco de fé<br />
Autor: Mitch Alvom<br />
Editora: Sextante<br />
Ano: 2009<br />
<br />
Passei meu sábado em ótima companhia. Levei para casa na sexta-feira o livro "Tenha um pouco de fé" e só parei de ler quando a vista pendia, o que me fazia dormir ou ir para a internet.<br />
<br />
Sempre namorei esse livro, apenas por causa do título, só depois de comprar é que soube da existência de outra obra famosa do mesmo autor "A última grande lição".<br />
<br />
"Você faria meus discurso fúnebre?". Diante dessa pergunta feita pelo rabino Albert Lewis, homem considerado por Mitch como alguém no nível entre ele e Deus, Mitch se viu obrigado a aceitar o pedido e o que parecia um favor se voltou como uma lição de vida e uma satisfação pessoal. Enquanto Mitch conhecia melhor Albert e aprendia com ele sobre a vida e a fé, outra pessoa importante apareceu em seu caminho, o pastor Henry Covington. Duas religiões diferentes, duas crenças diferentes, dois mundos diferentes e uma fé em comum. Mitch se viu entre dois homens de fé inabaláveis que conseguiam juntar pessoas e melhorar a vida delas. <br />
<br />
O livro traz ensinamentos sobre fé e Deus, mas não é essa a lição mais importe. O fundamental é perceber que a fé transforma o mundo para melhor e une as pessoas em laços que jamais elas imaginariam. Não importa qual o seu Deus, o que importa é dizer: Deus o abençoe!Geovanahttp://www.blogger.com/profile/01590146106796890459noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-1652691191690755383.post-91174221072725433832010-12-05T11:49:00.001-03:002010-12-05T11:51:10.273-03:00Querido John<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_enuQd7ADcDs/TPuiuEhjfhI/AAAAAAAAC_Q/1VM9GYX0XAs/s1600/Querido_John.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" ox="true" src="http://4.bp.blogspot.com/_enuQd7ADcDs/TPuiuEhjfhI/AAAAAAAAC_Q/1VM9GYX0XAs/s200/Querido_John.jpg" width="150" /></a></div>Título: Querido John<br />
Autor: Nicholas Sparks<br />
Tradução: Patrícia de Cia<br />
Ano: 2010 (4a impressão)<br />
Editora: Novo Conceito<br />
<br />
Sempre que leio algo pesado como li "O Evangelho Segundo Jesus Cristo" gosto de intercalar com algo sereno pra não perder o romantismo. Escolhi Querido John pela frase da capa "O que você faria com uma carta que mudasse tudo?" e pelos 5 milhões de cópias vendidas. Sinceramente, essa não é a melhor frase para resumir o livro, mas ele deixa no final uma bonita mensagem de amor.<br />
<br />
Livro de linguagem tão fácil e tão óbvia que dá vontade de pular as páginas. O autor demora a engrenar a história e faz parecer um daqueles filmes de sessão da tarde com amores de verão.<br />
<br />
A história só toma um sentido mais sério e mais curioso a partir da segunda carta que John recebe, não pela carta, mas pelo amadurecimento do personagem principal, John.<br />
<br />
No final, John demonstra amor verdadeiro, compaixão, desapego e solidariedade, deixando uma verdadeira de lição de amor ao próximo. Um exemplo de pessoa hoje rara no mundo. Me fez desejar que existisse um John de verdade que eu pudesse ser um pouco como ele.<br />
<br />
Quem resolver ler, faça por uma boa história de amor, não por uma carta reveladora ou por desejar encontrar um livro que justifique vender 5 milhões de exemplares.Geovanahttp://www.blogger.com/profile/01590146106796890459noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1652691191690755383.post-17166479514432466762010-11-02T09:31:00.001-03:002010-11-02T21:42:13.166-03:00Confie em MimTítulo: Confie em Mim<br />
Autor: Harlan Coben<br />
Editora: Sextante<br />
Ano: 2009<br />
<br />
Até onde você iria por amor à sua família? Essa é a frase apresentada na capa que resume bem o livro de Harlan Coben, Confie em Mim. A história se passa em um subúrbio americano, em um daqueles ambientes com famílias tão bem estruturadas que sofrem pelo vazio de suas vidas. São vários núcleos que interagem e influenciam na vida do outro, formando uma trama onde a natureza humana é questionada e o mistério é posto à nossa frente para ser desvendado.<br />
<br />
A família de Adam, um garoto em sua fase adolescente, resolve monitorar os passos dele através de um programa instalado no computador. A preocupação de Mike e Tia com a segurança do filho mais velho leva a filha mais nova, Jill, ao perigo real de morte.<br />
<br />
A família de Spencer, o garoto suicida, não consegue se estruturar nem se desfazer após o filho ser encontrado morto no telhado da escola, utilizando remédio controlado e vodka. Spencer era o melhor amigo de Adam que também sofre muito com a morte do amigo.<br />
<br />
Yasmim, filha de pais separados e amiga de Jill, a irmã de Adam, não consegue se socializar após uma frase mal dita do professor sobre suas características genéticas. O pai de Yasmim, um covarde, não consegue tomar uma atitude para resolver a situação.<br />
<br />
DJ Huff, filho de um policial que cria o filho com total liberdade, achando que só se aprende a viver errando e experimentando, é amigo de Adam e Spencer. Esse pai protege os erros do filho para assegurar o futuro dele.<br />
<br />
Joe, o professor mais querido da escola, o homem responsável pela maldita frase dita a Yasmim, não consegue se livrar da culpa pelo que disse à menina, mas em sua covardia, também não toma uma atitude para desfazer o mal que causou.<br />
<br />
Susan Loriman, casada e mãe de um filho com leucemia, é pressionada por Mike e Ilene, médicos da criança, a confessar a verdadeira identidade do pai do garoto, a fim de tentar salvar a vida dele, uma vez que o suposto pai, aquele que o registrou, não era compatível.<br />
<br />
Nash, um psicopata que julga a natureza humana, acompanhado de Pietra, uma mulher traumatizada pelo sofrimento vivido na guerra, formam o núcleo que causa as mortes e tira a "paz" do pequeno subúrbio. O primeiro crime a ser desvendado é a morte de uma mulher branca, cujo desaparecimento não foi questionado por nenhum parente.<br />
<br />
Reba Cordova, mãe de uma família feliz e bem estruturada, desaparece sem movito. O carro é encontrado na frente de um hotel, mas o Sr. Cordova garante que a mulher não teria motivos para traí-lo.<br />
<br />
<br />
Muse, Cope, Hester, Mo e outros personagens completam a trama onde somos convidados a descobrir o motivo de Nash cometer os assassinatos e de Adam ter desaparecido. <br />
<br />
Núcleos que se interagem mais pela proximidade das vidas do que pelos crimes existentes. Um livro que junta o gosto pelo mistério com o questionamento sobre a conduta dos pais diante da criação dos filhos. Diversão e reflexão são garantidos para quem se aventurar na história do Coben, então, o que está esperando? Corra e compre o seu, aproveita e veja "Não Conte a Ninguém" do mesmo autor.Geovanahttp://www.blogger.com/profile/01590146106796890459noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1652691191690755383.post-68406100759311971052010-10-20T18:06:00.005-03:002010-10-21T09:02:28.282-03:00O Evangelho Segundo Jesus Cristo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_enuQd7ADcDs/TL9JCq5Fn-I/AAAAAAAAC8s/yEd0y7_GNrE/s1600/capa_o-evangelho-segundo-jesus-cristo1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" ex="true" height="200" src="http://1.bp.blogspot.com/_enuQd7ADcDs/TL9JCq5Fn-I/AAAAAAAAC8s/yEd0y7_GNrE/s200/capa_o-evangelho-segundo-jesus-cristo1.jpg" width="143" /></a></div>Título: O Evangelho Segundo Jesus Cristo<br />
Editora: Companhia de Bolso <br />
Autor: José Saramago<br />
Ano: 2005 <br />
Edição: 1<br />
<br />
<em>"Tendo, pois, muitos empreendido pôr em ordem a narração dos fatos que entre nós se cumpriram, segundo nos transmitiram os mesmos que os presenciaram desde o princípio, e foram ministros da palavra, pareceu-me também a mim conveniente descrevê-los a ti, ó excelente Teófilo, por sua ordem, havendo-me já informado minuciosamente de tudo desde o princípio; para que conheças a certeza das coisas de que já estás informado. "</em> Lucas (1-4) - dedicatória do livro "O Evangelho Segundo Jesus Cristo".<br />
<br />
Algumas vezes eu confundia as palavras instigante com intrigante, trocando-as nas minhas colocações. Finalmente encontrei uma situação onde posso usá-las juntas sem nenhum problema. O Evangelho Segundo Jesus Cristo é intrigante e instigante; mais uma obra de Saramago, o melhor escritor que já li até hoje.<br />
<br />
O livro é isntigante, pois começa com a concepção de Jesus por José e Maria, narra a infância do garoto comum que chora e brinca, incluindo no contexto as passagens dos evangelhos. A vida de Jesus é retratada de forma humanizada, cronológica, mas sem negar os milagres de Jesus e a paternidade de Deus. Maria de Magdala é a mulher de Jesus e o acompanha até o último sopro de vida. Maria de Nazaré é a mãe renegada por não acreditar na santidade do filho, um ato sem o perdão de Jesus. José, pai de Jesus, é um homem atormentado por sua covardia, cujo final é a morte na cruz aos 33 anos. <br />
<br />
O livro é intrigante, pois mostra um Deus perverso e egocêntrico que usa o próprio filho para ampliar o seu poder diante dos homens. O grande momento do livro é a conversa franca entre Jesus, Deus e o Diabo. Nesse momento, Saramago aproveita para citar todos que morreram em nome da Igreja Católica, todas as guerras executadas em nome de Deus e Jesus. Vendo a dor de Jesus diante do sangue a ser derramado em seu nome, o Diabo pede perdão a Deus para evitar as mortes, mas Deus não aceita porque sem o Diabo ninguém lembraria de dele. Jesus ainda tenta em vão mudar o seu futuro, mas é conduzido ao sacrifício como um cordeiro. <br />
<br />
É um livro difícil de ler, tanto pela maneira como Saramago escreve quanto pelo conteúdo pesado e incômodo que apresenta. O livro me impressionou tanto que à noite, após um pesadelo, o coloquei embaixo da minha bíblia, numa maneira simbólica de lembrar o meu amor e confiança no Pai. É uma grande obra que vale a pena ser lida até mesmo pelo mais fiel dos cristãos, afinal até para criticar é preciso conhecer.Geovanahttp://www.blogger.com/profile/01590146106796890459noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1652691191690755383.post-51567293795774652332010-07-22T16:35:00.003-03:002010-07-22T16:42:02.454-03:00Felicidade Clandestina<a href="http://1.bp.blogspot.com/_enuQd7ADcDs/TEie-dYVdbI/AAAAAAAAC4w/wCI4STOeWao/s1600/este.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 157px; height: 200px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_enuQd7ADcDs/TEie-dYVdbI/AAAAAAAAC4w/wCI4STOeWao/s200/este.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5496818141081466290" /></a> Hoje uma garota deixou um recado no meu outro blog, o <a href="http://www.meninorude.blogspot.com">Menino Rude</a>. Curiosa que sou, fui lá olhar quem era e se tinha blog. Então, me surpreendi com a qualidade do que é apresentado lá. São textos de diversos autores, bem escritos, que dizem algo bom para nós. Ainda não olhei em profundidade, mas já gostei do que vi e resolvi compartilhar aqui como indicação de leitura.<br />Então, divirtam-se. O blog é <a href="http://aartedaliteratura.blogspot.com">Penetra Surdamente no Reino das Palavras (http://aartedaliteratura.blogspot.com)</a> e a autora é Felicidade Clandestina.Geovanahttp://www.blogger.com/profile/01590146106796890459noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1652691191690755383.post-49583971885547151582010-07-09T10:28:00.003-03:002010-07-09T10:40:33.478-03:00Mi primera lectura en español<a href="http://2.bp.blogspot.com/_enuQd7ADcDs/TDcl-iCW0XI/AAAAAAAAC2w/Y3M6oM1NtS0/s1600/vivirparacontarla.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 132px; height: 200px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_enuQd7ADcDs/TDcl-iCW0XI/AAAAAAAAC2w/Y3M6oM1NtS0/s200/vivirparacontarla.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5491900026820415858" /></a><br />Ayer me compré mi primer libro en español y yo no fue modesta,compré "Vivir para contarla" de Gabriel García Márquez.<br /><br />Pois é, amigos, começar a leitura em espanhol com Gabriel García Márquez é, no mínimo, estimulante. São 527 páginas de letras pequenas e vocabulário vasto, mas eu conseguirei e contarei a história aqui para vocês.<br /><br />O ritmo de leitura é metade de uma leitura em português porque faço questão de observar as palavras e sublinhar as que não conheço, mas estou me surpreendendo com o que aprendi em pouco tempo de aula no CCAA. Isso é muito bom.<br /><br />Aguardem, então, o resumo do livro, mas já aviso que vai demorar.Geovanahttp://www.blogger.com/profile/01590146106796890459noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1652691191690755383.post-28538736158945945932010-06-18T13:20:00.004-03:002010-06-18T13:28:18.424-03:00Adeus Saramago<a href="http://3.bp.blogspot.com/_enuQd7ADcDs/TBudrrpfasI/AAAAAAAAC2A/iQc-jswVYaU/s1600/saramago1.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 300px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_enuQd7ADcDs/TBudrrpfasI/AAAAAAAAC2A/iQc-jswVYaU/s400/saramago1.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5484150345030396610" /></a><br />Morreu hoje o escritor português José Saramago, um dos melhores escritores que pude ler até hoje.<br />A obra mais conhecida de Saramago é "Ensaio sobre a Cegueira", mas existem outros bons livros que nos fazem pensar sobre a vida, o mundo e a sociedade. José Saramago pode ter ido, mas felizmente suas obras estão aí eternamente.<br /><br />Que sua alma siga em paz, com Deus.<br /><br />Veja a notícia: <a href="http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2010/06/morre-aos-87-o-escritor-jose-saramago.html">http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2010/06/morre-aos-87-o-escritor-jose-saramago.html</a><br /><br /><strong>Livros Publicados:</strong><br />Terra do pecado<br />Manual de pintura e caligrafia<br />Levantado do chão<br />Memorial do convento<br />O ano da morte de Ricardo Reis<br />A jangada de pedra<br />História do cerco de Lisboa<br />O Evangelho segundo Jesus Cristo<br />Ensaio sobre a cegueira<br />Todos os nomes<br />A caverna<br />O homem duplicado<br />Ensaio sobre a lucidez<br />As intermitências da morte<br />As pequenas memórias<br />A viagem do elefante<br />Caim<br /><br />Foto: Sebastião SalgadoGeovanahttp://www.blogger.com/profile/01590146106796890459noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1652691191690755383.post-62942799912304496552010-05-05T18:30:00.003-03:002010-05-05T19:17:02.775-03:00Não Conte a Ninguém<a href="http://1.bp.blogspot.com/_enuQd7ADcDs/S-HuPCPVOMI/AAAAAAAACxY/NiIOOHsxbh8/s1600/nao_conte_ninguem.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 200px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_enuQd7ADcDs/S-HuPCPVOMI/AAAAAAAACxY/NiIOOHsxbh8/s200/nao_conte_ninguem.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5467913364671117506" /></a><br />Título: Não Conte a Ninguém<br />Autor: HARLAN COBEN <br />Editora: Sextante<br />Ano: 2001 (primeira edição)<br /><br />Quem acompanha este blog deve ter percebido que livros de suspense policial não são meus favoritos, mas "Não Conte a Ninguém" me chamou a atenção pelo título, pela capa, pela descrição e pelas milhões de cópias vendidas. Confesso que achei, por causa da capa, que seria um livro no estilo "A Cabana", mas é totalmente diferente, é um suspense policial de tirar o fôlego.<br /><br />O livro prende a atenção o tempo todo. A linguagem é direta e simples, porém não é cansativa. Os personagens e os cenários são descritos de forma clara e apenas para dar sentido à trama. Existem bons diálogos. Eu sou fã de livros com diálogo porque eles quebram o formalismo e nos faz interagir com os personagens. Tem assassinato, traficante, polícia corrupta, serial killer, traição e o que mais desejar do submundo do crime.<br /><br />Não entendo muito de tramas policiais, mas achei o final forçado. É como aqueles filmes americanos bons o tempo todo, mas que peca no final porque tem que criar os heróis e salvar os mocinhos. Faltou pouco para o livro se tornar um clássico.<br /><br />Descobri que tem um filme francês baseado no livro que ganhou vários prêmios e agora quero vê-lo.<br /><br /><br /><br />Veja o resumo da Siciliano.<br /><br /><em>Há oito anos, enquanto comemoravam o aniversário de seu primeiro beijo, o Dr. David Beck e sua esposa, Elizabeth, sofreram um terrível ataque. Ele foi golpeado e caiu no lago, inconsciente. Ela foi raptada e brutalmente assassinada por um serial killer.<br />O caso volta à tona quando a polícia encontra dois corpos enterrados perto do local do crime, junto com o taco de beisebol usado para nocautear David. Ao mesmo tempo, o médico recebe um misterioso e-mail, que, aparentemente, só pode ter sido enviado por sua esposa.<br />Esses novos fatos fazem ressurgir inúmeras perguntas sem respostas: Como David conseguiu sair do lago? Elizabeth está viva? E, se estiver, de quem era o corpo enterrado oito anos antes? Por que ela demorou tanto para entrar em contato com o marido?<br />Na mira do FBI como principal suspeito da morte da esposa e caçado por um perigosíssimo assassino de aluguel, David Beck contará apenas com o apoio de sua melhor amiga, a modelo Shauna, da célebre advogada Hester Crimstein e de um traficante de drogas para descobrir toda a verdade e provar sua inocência.<br />Não Conte a Ninguém foi o livro mais aclamado de 2001, indicado para diversos prêmios, entre eles Edgar, Anthony, Macavity, Nero e Barry. Em 2006 foi adaptado para o cinema numa produção francesa vencedora de quatro Cesars (o Oscar francês), inclusive de melhor ator e diretor. </em><br /><br />Agora vou explicar o que achei forçado: Quem ainda vai ler o livro, termine a leitura por aqui.<br /><br />Se David Beck matou Scob, como ele não teve curiosidade de acompanhar o caso? Por que ele nunca se preocupou em saber quem limpou a prova do crime? Ele não imaginou que sua mulher teria pedido ajuda ao pai para encobrir o crime? Como ele não viu que a mulher foi testemunha do caso em defesa do marginal acusado ilegalmente? <br /><br />Para mim o livro fecharia melhor se o pai de Elizabeth ou a própria Elizabeth fosse o assassino, deixando o Dr. Beck com um outro segredo a ser descoberto em uma sequência de um próximo livro.Geovanahttp://www.blogger.com/profile/01590146106796890459noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-1652691191690755383.post-42213935137978559532010-03-29T22:43:00.005-03:002010-03-29T23:31:24.798-03:00O Guardião de Memórias<a href="http://1.bp.blogspot.com/_enuQd7ADcDs/S7FiPJGVy6I/AAAAAAAACxI/3Sgp4HWz0HE/s1600/guardiao1.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 136px; FLOAT: left; HEIGHT: 200px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5454248636002454434" border="0" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_enuQd7ADcDs/S7FiPJGVy6I/AAAAAAAACxI/3Sgp4HWz0HE/s200/guardiao1.jpg" /></a><br />Título: The Memory Keeper´s Daughter (O Guardião de Memórias)<br />Autor: Edwards, Kim<br />Tradução: Vera Ribeiro<br />Editora: Sextante<br />Ano: 2007<br /><br /><br />Esse domingo não foi um dia ensolado. A chuva que caiu aos poucos e insistentemente me fez ler as 360 páginas de O Guardião de Memórias. Ainda não sei se foi realmente a chuva que me fez lê-lo ou se uma profunda incerteza sobre a vida e uma vontade de apertar o botão de pausa sobre ela.<br /><br />Certa noite com muita neve, Norah entra em trabalho de parto e David, seu marido e ortopedista, se vê obrigado a fazer o parto por falta de outro médico especialista. Após o nascimento do primeiro filho, Paul, David percebe que a gravidez é de gêmeos e traz ao mundo uma menina, Phoebe. Ao perceber traços de síndrome de Down em Phebe e lembrar de sua própria vida ao lado da irmã, que também foi portadora da síndrome e morreu cedo, deixando a mãe desconsolada, David resolve poupar Norah e Paul do sofrimento e entrega a filha para a enfermeira levar a um abrigo para crianças retardadas. Quando Norah acorda, David não consegue contar a verdade e diz que a criança nasceu morta. Caroline, a enfermeira, não consegue deixar a menina no abrigo e, agindo pela emoção de poder ser mãe, resolve fugir com Phoebe, deixando toda a vida vazia para trás.<br /><br />A falta da filha e o eterno segredo de David, fez a família se desestruturar e cair em um mar de sofrimentos. Bree, a irmã de Norah era o único laço de alegria que pairava pela casa. No outro núcleo, o amor incondicional de Caroline por Phoebe fez a vida dela florir, além de trazer para ela o grande amor, Al e grandes amigos unidos pela necessidade de apoio e pela síndrome de down.<br /><br />Durante a leitura achei o livro melancólico. A vida de Norah, usando a morte da filha como desculpa para não ser feliz; a vida de David, envolvido em seus próprios medos, único sentimento que o trazia vivo e fotografando o que não existia para se sentir melhor; a beleza de Paul escondida na culpa pela infelicidade dos pais. Eu queria mesmo era ler rápido ou pular as páginas só para sentir a alegria emanada por Phoebe,Caroline e Al a cada nova descoberta sobre a vida.<br /><br />Hoje, fazendo essa resenha, percebi que a melancolia de Norah, David e Paul trouxeram à tona meus próprios medos e minha solidão e por isso os personagens me incomodaram tanto. A capacidade de Caroline em dispor a própria vida pelo próximo, me fez desejar o mesmo, uma vida de verdade onde o mundo fizesse sentido. A inquietude de Bree diante da vida e a eterna alegria, muitas vezes mascarando a solidão, me fez lembrar de momentos onde eu sorri para o mundo e desejei apenas não estar ali, naquele momento. As inúmeras fotografias de David me fez perceber em quantas fotos eu sorri, registrando viagens que jamais precisaria ter feito para encontrar o real significado da vida, fotos que joguei fora sem o menor constrangimento,assim como fez Norah.<br /><br />Talvez por isso o livro seja bom. Não exatamente pela capacidade literária da autora e tradutora, mas pelo poder de elevar o psicológico e trazer uma real reflexão sobre o que é importante na vida, mostrando que amar e ser amado faz a diferença e que fugir de um problema nunca irá resolvê-lo. Quem foge jamais descobrirá que o problema era apenas uma porta para um lugar melhor.<br /><br />Se é bom pra ler? Claro, principalmente em um dia melancólico com um pouco de chuva.<br /><br />Obs. Para os menos pacientes, acabei de descobrir que existe o filme sobre o livro.Geovanahttp://www.blogger.com/profile/01590146106796890459noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1652691191690755383.post-42257701751025428642010-01-06T13:30:00.006-03:002010-01-06T14:42:11.959-03:00A Cidade do Sol<a href="http://4.bp.blogspot.com/_enuQd7ADcDs/S0S7EERlMcI/AAAAAAAACqo/pBxlclS20jo/s1600-h/cidadeSol.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 136px; height: 200px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_enuQd7ADcDs/S0S7EERlMcI/AAAAAAAACqo/pBxlclS20jo/s200/cidadeSol.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5423665529802273218" /></a> Título: A Cidade do Sol<br />Autor: Hosseini, Khaled<br />Editora: Nova Fronteira<br />Ano: 2007<br /><br />Hoje, ao terminar de ler A Cidade do Sol, de Hossini Khaled, tive a impressão de viver no paraíso. O romance conta a história de duas mulheres, nascidas em décadas diferentes, mas com os mesmos problemas: a guerra, a falta de respeito com as mulheres e as dores das perdas.<br /><br />Na primeria parte do livro, é narrada a história de Mariam, filha bastarda de um rico homem, condenada à vida dura e à solidão simplesmente por ser bastarda. Após a morte da mãe, Mariam é dada para casamento a um homem bem mas velho, Rashid. Usando a desculpa de que Mariam não conseguia dar um filho homem, Rashid espanca Mariam por qualquer motivo. Mariam e Rashid vivem sob a tensão da guerra Afegã.<br /><br />A segunda parte do livro conta a história de Laila, uma menina doce, criada por pais que se amam e que a ama. Filha de professor, a menina frequenta a escola, estuda e tem a certeza que escolherá o próprio marido. O pai de Laila diz que ela deve estudar pois, quando for adulta poderá ajudar o Afeganistão e se recuperar. Laila tem dois irmãos que não conhece porque estão na guerra e um amigo, Tariq, pelo qual ela se apaixona na adolescência.<br /><br />Mariam e Laila vivem na mesma rua, mas não se conhecem até que o destino as une. Cabul está constantemente bombardeada, muitos civis morrendo, partes de corpos sendo arremessadas ao longe. Tariq resolve ir embora com os pais e chama Laila, a pede em casamento, mas Laila não quer deixar os pais. A mãe de Laila não quer ir embora pra não deixar o país pelo qual os filhos se sacrificaram, ela ainda espera ver o Afeganistão em paz. No dia que Laila e os pais resolvem partir, um missil atinge a casa e apenas Laila sobrevive. Rashid e Mariam a socorrem e dão abrigo.<br /><br />O que parece ser uma boa ação, na verdade é um plano de Rashid para ter mais uma esposa. Enquanto Laila ainda está doente e atordoada, um homem vai à casa de Mariam e dá a notícia que Tariq e sua família estão mortos. Laila se vê sozinha e grávida, então aceita o pedido de casamento de Rashid.<br /><br />Os mal tratos de Rashid une Mariam e Laila, permitindo que elas sobrevivam a pancadas, guerras, fome, seca, falta de hospitais e de medicamentos. Laila tem dois filhos, Aziza e Zilman. No pior momento Afegão, quando a seca ataca, Aziza é dada para um orfanato. Mulheres não podiam andar sozinhas nas ruas ou seriam espancadas por soldados, mesmo assim Laila enfrentava a dor para ver a filha.<br /><br />Quando tudo parece perdido e insuportável, Tariq volta para buscar Laila. Quando Rashid o vê, tenta matar Laila com as mãos, mas Mariam o mata com um golpe de pá. Sabendo que será perseguida pelo crime, Mariam se entrega para a morte e pede para Laila pegar os filhos e ir embora com Tariq. Apesar de não concordar, Laila aceita os argumentos de Mariam que paga pelo seu crime.<br /><br />Laila vive feliz com Tariq e os filhos em um hotel no Paquistão, mas o sonho de reconstruir Cabul após a invasão da ONU no governo Bush, os levam de volta. Laila resolve visitar a primeira casa de Mariam e o amigo que ela tanto falava. Lá recebe um caixa contendo uma carta e uma herança deixada pelo pai de Mariam. O dinheiro, convertido em dóllar pelo próprio pai de Mariam, permite a Laila e Tariq reformar o orfanato que abrigou Aziza. Cabul se recupera os poucos. Ávores são plantadas, casas pintadas e reconstruídas, ecolas abertas. Tudo parece voltar ao normal.<br /><br />Eu terminei o livro achando que algo de ruim ainda aconteceria com Laila e Tariq. É tanto sofrimento que fica difícil acreditar na felicidade. Mas Laila cumpre sua missão, ser últil a Cabul quando a guerra acabar. Além da vida e sofrimento do povo Afegão, o livro descreve quatro décadas de história afegã e termina no período posterior à queda das torres gêmeas, a invasão americana com a ONU e a busca pelos terroristas. Ao terminar a leitura me senti parte daquele lugar, feliz com o plantio de flores em capas de mísseis e com a nova vida de Laila, Tariq e família.Geovanahttp://www.blogger.com/profile/01590146106796890459noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1652691191690755383.post-72044969212970383612009-11-11T14:54:00.004-03:002009-11-13T14:36:09.649-03:00Conversando com Deus<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_enuQd7ADcDs/SvsH8N0sDhI/AAAAAAAACnM/umIiMAdqrsw/s1600-h/ccg.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 200px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_enuQd7ADcDs/SvsH8N0sDhI/AAAAAAAACnM/umIiMAdqrsw/s200/ccg.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5402920909045239314" /></a><br />Título: Conversando Com Deus<br />Autor: Neale Donald Walsch<br />Editora: Agir<br />Ano: 2008<br /><br />Conversar com Deus é para mim algo natural e muito bom. Não falo de orar, mas de conversar mesmo, receber respostas, seja com pensamentos, textos ou exemplos. Por isso, quando vi o livro com esse título achei algo totalmente possível e resolvi lê-lo.<br /><br />Antes de ler o livro vi o filme, se fosse uma história real, seria bem interessante. Até achei que fosse, o que me incentivou mais ainda a buscar o livro. O livro não fala nada sobre as cenas do filme. O autor pergunta sempre sobre a família, ou seja, não parece ser um homem abandonado como no filme.<br /><br />O autor fala verdades bíblicas, embora trate Jesus apenas como mais um mestre, não o filho de Deus, e a bíblia como um livro ultrapassado. Deixa a ideia de que o livro Conversando com Deus é a nova bíblia. Achei uma obra pretenciosa e perigosa, embora tenha muita verdade nas suas linhas, até porque ele reescreveu teorias já existentes na bíblia, principalmente no Novo Testamento. Neale também usou de teorias espíritas e filosóficas para compor seu livro.<br /><br />Parece que Neale Donald Walsch conseguiu fazer 04 livros, sendo que no primeiro ele diz que seriam 03. Pois é, acho que Deus resolveu conversar um pouco mais. Só li o primeiro volume e não compraria os outros 03, mas se vier gratuitamente para minha mão, tento ler ao menos mais um.<br /><br />O conteúdo é bom, quem sou eu pra dizer que não. Muito do que tem lá eu também ouvi e descobri em minhas conversas com Deus, mas justamente por conta do que vi, ouvi, senti e aprendi é que eu não faria um livro em nome de Deus. Posso até escrever o que senti e aprendi com Ele, mas usar diálogos, jamais! Uma pessoa em desespero ou com pouco conhecimento religioso e filosófico pode levar o livro ao pé-da-letra e fazer interpretações perigosas a respeito do que está escrito.<br /><br />Fora os exageros do livro, o conteúdo, se bem interpretado, é bom e verdadeiro. Qualquer um de nós pode conversar com Deus e fazer as descobertas sobre a própria vida. Deus é um Pai, amigo que está ao nosso lado. Jesus é o homem que nos guia no verdadeiro amor, nos mostra a melhor maneira de encontrar a paz e a felicidade. Deus nos deu o livre arbítrio e, por isso, só pode nos amar e nos proteger dos nosso próprios atos. Se pedirmos a Deus com fé, acreditando que o pedido já foi acatado, o universo se movimenta para que o milagre se realize. Claro que, quando descobrimos a fé, também descobrimos que dinheiro e sucesso são consequências e não objetivos e também que não podemos desejar nada que vá de encontro com a felicidade do próximo.<br /><br />Existe um Deus dentro de cada um de nós, um Deus amigo que podemos ouvir, meditar e agir de forma positiva para o mundo. Existem mestres, Jesus o maior de todos, que nos mostra verdades sobre a beleza da vida e do amor. Quem se dispõe a buscar Deus, buscar o amor de Jesus, encontrará o caminho da verdade, da paz e do amor. Lembre-se sempre: Deus é nosso maior amigo!Geovanahttp://www.blogger.com/profile/01590146106796890459noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1652691191690755383.post-23331506302561561472009-10-07T14:08:00.007-03:002009-10-07T15:39:27.830-03:00Quem Me Roubou de Mim?<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_enuQd7ADcDs/SszU9HaHBqI/AAAAAAAACjw/hy32r7zdT9Q/s1600-h/roubou+de+mim.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 133px; height: 200px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_enuQd7ADcDs/SszU9HaHBqI/AAAAAAAACjw/hy32r7zdT9Q/s200/roubou+de+mim.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5389917000481310370" /></a><br />Título: Quem me roubou de mim?<br />Autor: Fábio de Melo<br />Editora: Canção Nova<br />Ano: 2008<br /><br />Quem já se sentiu perdido de si mesmo? Quem já se olhou no espelho e disse: "Esse não sou eu", "Esse relacionamento me tirou do sério", "Não me reconheço mais" dentre tantas frases que podemos citar. O livro "Quem Me Roubou de Mim" fala justamente do sequestro do subconsciente.<br /><br />Para explicar o sequestro do subconsciente, o autor faz uma abordagem inicial sobre o sequestro do corpo, a vida no cativeiro, a relação entre sequestrador, sequestrado e a família. Após essa introdução, Fábio explica o sequestro do subconsciente.<br /><br />Para contextualizar ele se vale de histórias ouvidas como sacerdote, intuição, experiência pessoal e teorias filosófica e teológica. Tudo isso junto dá ao livro uma percepção maior que um simples livro de auto-ajuda.<br /><br />Ao longo de nossas vidas podemos sequestrar ou ser sequestrados. Podemos imaginar um relacionamento que não existe, uma pessoa que não existe, criar um personagem e ter que vivê-lo até sair do cativeiro. Podemos deixar de viver por medo, viver preso no vício e tantas outras formas de cativeiro.<br /><br />Fábio deixa claro que podemos e devemos ser livres, devemos nos livrar dos cativeiros das nossas vidas. Uma passagem interessante é quando ele diz que não existe amor ideal porque o ideal está pronto e o ser humano está sempre se modificando. O que existe é a pessoa certa e para encontrá-la é preciso conhecê-la. Por isso ele acredita que paixão à primeira vista corre o risco de ser um desastre. A graça do amor é justamente aceitar o outro com os defeitos, buscar melhorá-lo sem retirar-lhe a essência.<br /><br />A parte mais bonita do livro é saber que podemos tirar pessoas do cativeiro, trazê-la para a realidade, torná-la livre e feliz. Ele cita a passagem bíblica onde a mulher, no momento de ser apedrejada é salva por Jesus, apenas com palavras ditas no momento certo. Ele explica o quanto aquela mulher estava presa em seu cativeiro de prostituição e Jesus a salvou quando acreditou que ela poderia ser melhor e que não merecia a morte pelas mãos dos que a fizeram pecar.<br /><br />Para finalizar ele deixa um conjunto de resposta que até hoje penso e não consigo responder. Buscar as respostas é fator essencial para concluir o livro, pois este só está definitivamente lido quando a mensagem for absorvida pelo leitor.<br /><br />Em breve falarei das minhas descobertas a partir do livro, mas isso já é outra publicação.Geovanahttp://www.blogger.com/profile/01590146106796890459noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1652691191690755383.post-64745485581200677772009-10-02T13:02:00.010-03:002009-10-02T14:13:22.967-03:00Carta entre Amigos<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_enuQd7ADcDs/SsYvk_SxjQI/AAAAAAAACjg/FYQ53nuOyqU/s1600-h/carta_entre_amigos.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 138px; height: 200px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_enuQd7ADcDs/SsYvk_SxjQI/AAAAAAAACjg/FYQ53nuOyqU/s200/carta_entre_amigos.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5388046316707351810" /></a><br />Título: <a href="http://www.cartasentreamigos.com.br">Carta entre Amigos</a>.<br />Autor: Fábio de Melo e Gabriel Chalita<br />Editora: Ediouro<br />Ano: 2009<br /><br />Muito difícil conceituar o livro Cartas entre Amigos. Parece ser de auto-ajuda, mas não é. Talvez de filosofia, mas também não é. Também não é um sermão religioso como muitos esperam. Nem pode-se dizer que é um livro, mas um conjunto de cartas trocadas entre dois amigos que decidem parar um pouco as atribulações da vida para dar atenção um ao outro. Na capa diz que é um livro para falar dos medos contemporâneos, eu não o definiria assim. A linguagem não é muito simples, é preciso atenção para lê-lo e, para os mais curiosos, ter um site de pesquisa ao lado é bom.<br /><br />O encantamento do livro é justamente a não intenção de dar lição de moral. Os autores simplesmente falam o que sentem e usam a filosofia e a poesia para descrever seus pensamentos. Falam muito do amor. Aquele que surge de pedras, que supera perdas, que se doa ao próximo, o amor de Cristo. Fala do amor fast-food que vivemos hoje no mundo industrial e lembram que o amor é feito em fogo a lenha, onde temos que constantemente buscar o combustível desse amor.<br /><br />Vários sentimentos são citados em carta, sempre interligando um ao outro, sempre trazendo o amor como parte da solução. É difícil descrever todos os temas abordados, eles se misturam, vão e voltam e se completam. Muitas vezes o que Gabriel escrevia parecia ter vindo de mim, é ele quem quase sempre traz a dúvida e Fábio a serenidade. Gabriel é a chama, Fábio a razão que controla a emoção. Os dois se completam em cartas emocionadas e cheias de poesia.<br /><br />Algumas passagens foram marcantes para mim:<br />- A história de Cora Coralina que, apesar da vida cheia de problemas, transformou tudo em amor e poesia.<br />- A citação de Gabreil sobre a paixão onde, por insistirmos em uma flor, deixamos de ver e cuidar de outras flores em nosso jardim.<br />- A busca pela liberdade, o mal que fazemos em prender o amor por medo de perdê-lo.<br />- O vazio do mundo que levam os jovens à drogas e qual o papel dos pais nesse contexto.<br />- A limpeza dos nosso museu interior para que a próxima pessoa a entrar nele encontre o passado limpo e organizado, seja ele bom ou ruim.<br />- A passagem do mar vermelho, mostrando que a fé para existir precisa que o homem acredite e dê o primeiro passo.<br />- A força que se mostra na fragilidade de Madre Tereza.<br /><br />São tantos assuntos, muitos sem resposta. Na verdade, não é a intenção dar respostas e isso é bom. Confesso que chorei na última carta quando o Pe. Fábio fala da força que vem da fragilidade. Chorei porque percebi que é nos meus momentos mais frágeis que ganho força para mudar minha vida. É na fragilidade do próximo que ganho forças para ajudá-lo. Percebi que não sou fraca, apenas frágil e que isso não é defeito, é um jeito de ser. Pensei na minha fé e vi que preciso entrar no mar para que Deus possa abri-lo. Chorei, pedi perdão e desejei lavar os pés de Cristo com minhas lágrimas.<br /><br />O livro sozinho não traria tantos sentimentos, ele o fez porque resolvi lê-lo num momento difícil e importante de minha vida. Talvez, dentre tantos assuntos, algum tenha importância na sua vida nesse momento. Cada carta traz à tona um fantasma a ser vencido. Cada palavra uma reflexão sobre a vida. Terminei o livro desejando um amigo para escrever-lhe cartas sobre a vida. Terminei o livro certa de que posso ser mais do que sou, mas que já sou mais do que imagino. Tive a certeza que posso lê-lo novamente, em outros momentos, e encontrar outros confortos.Geovanahttp://www.blogger.com/profile/01590146106796890459noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1652691191690755383.post-42256500833367822432009-08-12T11:35:00.005-03:002009-08-12T11:58:06.427-03:00A Carne dos Anjos<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_enuQd7ADcDs/SoLVebP6ciI/AAAAAAAACgo/rqRPtWsgQuM/s1600-h/foto_livro.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 100px; height: 200px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_enuQd7ADcDs/SoLVebP6ciI/AAAAAAAACgo/rqRPtWsgQuM/s200/foto_livro.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5369088424466346530" /></a> Título: A Carne dos Anjos (Shift Pure Cry)<br />Autor: Siobhan Dowd (1960-2007)<br />Editora: Agir<br />Ano: 2009<br />Tradução: Celina Portocarrero<br /><br />Só pra variar,comprei mais um livro pela capa, pelo título e pela introdução. Não tinha referências ou indicação de amigos, mas aquele texto inicial me deixou encantada.<br /><br />Confesso que esperava ter sentido mais emoção. A história é tocante, triste e muito comum nos dias de hoje, infelizmente. Não sei se faltou algo em mim ou no livro, mas apesar de bom não passou os sentimentos prometidos. Será que me acostumei com o sofrimento de meninas inocentes?<br /><br />A história de Shell nos faz refletir sobre o papel das igrejas na vida dos jovens, a omissão social diante dos problemas do mundo, o pré-julgamento, os vícios e a solidão.<br /><br />A leitura é simples, palavras bem escritas, mas sem rebuscamento. Bom livro para adolescentes que estão prestes a iniciar uma vida a dois. Talvez eles entendam que é preciso ter amor e respeito com o parceiro e que ter vida sexual sem responsabilidade é colocar em sofrimento muitas outras vidas.<br /><br />Bem, apesar da ressalva inicial, eu gostei do livro e recomendo.<br /><br /><br /><span style="font-weight:bold;">Introdução oficial do Livro:</span><br /><br /><span style="font-style:italic;">"Shell tem apenas quinze anos, mas a vida já é bastante cruel com ela. Depois da morte da mãe, o pai voltou as costas à realidade e entregou-se à bebida, deixando que ela se ocupasse dos dois irmãos menores. Shell não quer mais frequentar a igreja e regularmente falta às aulas na escola. Sem dinheiro em casa, a não ser pelo pouco que seu pai consegue pelos arredores em nome da caridade, sua única distração são os cigarros divididos com Declan, garoto por quem se apaixona, e as conversas com a amiga Bridie. Sem ter com quem compartilhar suas aflições de menina, ela pensa que o espírito de sua mãe retorna à Terra como fantasmhttp://www.acarnedosanjos.com.br/livro.asp<a href="http://www.acarnedosanjos.com.br/livro.asp"></a>a benigno, e de tanto em tanto põe o velho vestido de seda cor-de-rosa, escondido no fundo do armário do pai. Nem mesmo a chegada de um jovem padre, com idéias modernas e nem um pouco moralistas, é capaz de mudar a rotina silenciosa da aldeia de Coolbar. Mas logo Shell se encontrará no centro de um gravíssimo escândalo, que abala os fundamentos da pequena comunidade irlandesa e ecoa por todo o país. Para enfrentar esta provação, ela terá de apelar para toda sua coragem.<br /><br />Baseado numa história real, A carne dos anjos é um desses romances que nunca deixam o leitor indiferente. Um livro inesquecível sobre adolescência, amor, fé, redenção e esperança.."</span><br /><br />Site oficial: http://www.acarnedosanjos.com.br/livro.aspGeovanahttp://www.blogger.com/profile/01590146106796890459noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1652691191690755383.post-44402089628479651202009-08-04T17:54:00.011-03:002009-08-06T13:30:59.298-03:00As Intermitências da Morte<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_enuQd7ADcDs/SninAvl8T5I/AAAAAAAACfY/oj8-Mblfw8s/s1600-h/intermitenciaMorte"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 180px; height: 180px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_enuQd7ADcDs/SninAvl8T5I/AAAAAAAACfY/oj8-Mblfw8s/s200/intermitenciaMorte" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5366222587229392786" /></a> <br />Título: As Intermitências da Morte<br />Autor: José Saramago (1922, Portugal)<br />Ano: 2005<br />Editora: Companhia das Letras<br /><br />Escondido entre livros que nunca li estava o romance de José Saramago, As Intermitências da Morte. Considerando que, depois que estou morando só, tempo é algo que tenho de sobra, resolvi lê-lo.<br /><br />A princípio o livro é difícil de ler, digo até que Machado de Assis ficou simples diante dos devaneios de Saramago. Os diálogos não são organizados por travessão, a linguagem é rebuscada e crítica.<br /><br />Com o passar dos capítulos, já lia os diálogos sem travessão com tranquilidade. Também me acostumei com as palavras e nem percebia tanto o rebuscamento. Até me simpatizei com aquele jeito de escrever, Para mim é algo que senti também quando me acostumei com Machado de Assis. O difícil se torna atraente, assim como na vida.<br /><br />Outra dificuldade era ter que voltar uma ou duas páginas porque, na tentativa de ler um pouco mais, me perdia num sono e não lembrava a leitura no dia seguinte, fato pouco comum em outros livros.<br /><br />A história não é original, eu já pensava muitas vezes como seria o mundo sem morte, sabendo o quanto a morte é importante para a vida. Original mesmo são as inúmeras situações descritas na fase um, não exatamente pela ausência da morte e sim pelo desespero humano diante desta perda. Importante ressaltar a humanização da morte, fato que torna o livro empolgante e ocorre com intensidade na fase dois do livro. O final, fase três? O resurgimento da morte. Surpreendente.<br /><br />O que posso concluir é que se quiser algo diferente, algo para trabalhar os neurônios, leia este livro. Não se assuste com as primeiras folhas; acostume-se, vá adiante. Assim que chegar de 1/3 a 1/2 do livro, tudo ficará mais interessante e se chegar ao final, dê um sorriso de satisfação e compartilhe a felicidade com a morte.Geovanahttp://www.blogger.com/profile/01590146106796890459noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1652691191690755383.post-28832614667532930262009-07-15T14:03:00.005-03:002009-07-15T15:50:33.030-03:00Segredos Destruidores<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_enuQd7ADcDs/Sl4SGLVbGNI/AAAAAAAACdY/UfjP_j9KNEM/s1600-h/segredosDestruidores.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 200px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_enuQd7ADcDs/Sl4SGLVbGNI/AAAAAAAACdY/UfjP_j9KNEM/s200/segredosDestruidores.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5358740503948630226" /></a><br />Título: STILLWATCH - Segredos Destruidores<br />Autor: Mary Higgins Clark<br />Editora: Record<br />Tradução: Gilson Soares<br />Ano: 2007<br /><br />Aproveitando as férias conclui mais uma leitura. Dessa fez o livro foi emprestado por Rosinha. Eu nunca tinha lido nada sobre crimes e mistérios, não conseguia, mas esse livro eu consegui levar até o fim.<br /><br />Patrícia Traymore (Pat) é uma apresentadora de sucesso e credibilidade cujo interesse é fazer um programa sobre a senadora Abigail Jennings, mulher que Pat admira. Depois de enviar uma carta à senadora, Pat é chamada para trabalhar em um emissora de Washington para fazer o documentário sobre a senadora. Pat tinha outros interesses além do programa: rever Sam, o amor da sua vida, e descobrir a verdadeira história do assassinato de seus pais quando ela ainda era uma criança de 3 anos e por pouco não morreu. O que Pat não sabia é que Abigail era a provável indicação para vice presidente.<br /><br />A vinda de Pat causa apreensão e espectativa em muitas pessoas, pois a aparente história correta de vida de Abigail estava envolta em mistérios e assuntos mal contados. Por este movito, Pat recebe ameaças para não fazer o programa, mas não leva a sério. Quanto mais Pat pesquisa a vida de Abigail, mas os fatos parecem confusos e misteriosos. Toby, Eleanor e Arthur são alguns dos personagens que completam a trama e determinam o enredo do livro.<br /><br />O livro é bem contado, mas é previsível e não dá para saber a época em que a história se passa. Ideal para roteiro de filmes americanos onde o mordomo é o culpado e a mocinha é salva pelo herói. A linguagem é simples e interessante, com muitos diálogos e palavras acessíveis. No geral eu digo que, embora não seja nenhum exemplo de obra literária, é um bom livro de ficção e uma boa indicação de leitura.Geovanahttp://www.blogger.com/profile/01590146106796890459noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1652691191690755383.post-19669233559517426842009-07-13T12:45:00.005-03:002009-07-14T08:51:08.389-03:00A Cabana<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_enuQd7ADcDs/SltdQqu_qqI/AAAAAAAACdQ/qqkTXX2uHNM/s1600-h/acabana.jpeg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 139px; height: 200px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_enuQd7ADcDs/SltdQqu_qqI/AAAAAAAACdQ/qqkTXX2uHNM/s200/acabana.jpeg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5357978722618026658" /></a><br />Título: A Cabana<br />Autor: William P. Young<br />Editora: Sextante<br /><br /><br />Hoje o colega me passou um email com o link para o capítulo 01 de "A Cabana". Percebi que li o livro e não o comentei aqui.<br /><br />A Cabana é um livro de ficção que nos traz um conceito muito importante sobre a Trindade (Deus, Jesus e Espírito Santo) e sobre a fé. Me pareceu um daqueles livros feitos para explicar sobre a fé para quem como eu não tem religião, mas acredita em Deus, em Jesus e em uma força positiva que age em nossas vidas.<br /><br />O livro conta a história de um homem (Mackenzie) marcado por duas tragédias, uma na infância com seu pai e outra na vida adulta com sua filha. Diante do sofrimento vivido, Mackenzie se questiona sobre Deus e o motivo de tamanho sofrimento. Um dia Mackenzie recebe uma carta de Papai (Deus) o chamando para ir à cabana onde sua filha foi assassinada. Ignorando o fato de poder ser uma armação do assassino, ele aceita o convite e, escondido de sua esposa, vai até o local marcado. Lá encontra com Deus, Jesus e o Espírito Santo que aproveitam do sofrimento para trazê-lo de volta à fé e ao perdão.<br /><br />A graça do livro é ver conceitos religiosos irem por água abaixo. Deus, Jesus e o Espírito Santo são seres únicos e bastante humanos, chegando a ser cômicos. O livro traz as perguntas mais comuns feitas por cada pessoa e nos deixa uma ótima lição de vida e fé: Deus, Jesus e o Espírito Santo são o mesmo ser. Jesus veio à Terra para trazer os homens para perto de Deus e pagou na cruz pela nossa liberdade. Ele é de todos o mais humano. Deus fez o homem à sua imagem e semelhança e todos somos filhos Dele, por isso Deus não pode negar, privilegiar ou castigar seus filhos. Ele só pode amá-los e tentar ajudá-los a encontrar o melhor caminho, para isso transforma tragédias em lições de vida. Por fim fica a maior mensagem: Para melhorar nossa própria vida, precisamos amar e perdoar nossos irmãos, seja qual for o motivo da nossa dor.Geovanahttp://www.blogger.com/profile/01590146106796890459noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1652691191690755383.post-82175359778953514582009-05-14T13:43:00.002-03:002009-05-26T13:19:26.353-03:00Autor de Anjos e Demônios prepara mais um livro<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_enuQd7ADcDs/SgxKr-DX-uI/AAAAAAAACWY/OMu1NJPAO7k/s1600-h/DanBrown.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 50px; height: 50px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_enuQd7ADcDs/SgxKr-DX-uI/AAAAAAAACWY/OMu1NJPAO7k/s200/DanBrown.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5335721777779178210" /></a><br />Texto retirado do Jornal A Tardem em 14/05/09<br /><br /><span style="font-style:italic;">Dan Brown, autor de O Código da Vinci e Anjos e Demônios, anunciou que vai dar continuidade às histórias em que o simbologista Robert Langdon é o protagonista. Previsto para ser lançado no dia 15 de setembro nos Estados Unidos e Canadá, o novo romance se chamará O Símbolo Perdido. A tiragem inicial de cinco milhões de exemplares indica que o livro será o próximo candidato a best-seller.<br /><br />No Brasil, a obra será lançada em dezembro pela editora Sextante, com tiragem inicial de 300 mil exemplares. Assim como Código da Vinci e Anjos e Demônios, os direitos da obra já foram comprados pela Sony Pictures e há grandes chances de que novamente seja dirigido por Ron Howard e estrelado por Tom Hanks. O enredo, com receio de surgirem obras parecidas, não foi divulgado pelo autor. Brown também é autor de Ponto de Impacto e Fortaleza Digital.</span>Geovanahttp://www.blogger.com/profile/01590146106796890459noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1652691191690755383.post-43267713044554732952009-04-23T17:37:00.008-03:002009-05-29T11:11:07.672-03:00Travessuras da menina má<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_enuQd7ADcDs/SfDWBjyyJfI/AAAAAAAACRI/E7AbS6XpNJE/s1600-h/travessuras.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 152px; height: 200px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_enuQd7ADcDs/SfDWBjyyJfI/AAAAAAAACRI/E7AbS6XpNJE/s200/travessuras.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5327993681455752690" /></a><br />Título: Travesuras de la niña mala (Travessuras da menina má)<br />Ano: 2006<br />Autor: Mario Vargas Llosa<br />Editora: Alfaguara - Editora Objetiva<br />Tradução: Ari Roitman e Paulina Whacht<br />Personagens principais: Ricardo Somocurcio (Ricardinho; bom menino) e Otilia (Lily, a chilenita; a camarada Arlette; madame Robert Arnoux; Mrs. Richardson; Kuriko; madame Ricardo Somocurcio e menina má)<br /><br />Essas semanas pude ler o famoso livro Travessuras da menina má, de Mario Vargas Llosa. Uma amiga me emprestou com a seguinte observação: <span style="font-style:italic;">- No inicio é um pouco chato, mas depois fica ótimo. Todos aqui leram e gostaram. Diante de tal afirmação, me senti obrigada a ler as inacabáveis páginas monótonas até encontrar algo bom.</span><br /><br />A trama tem início no Peru, em 1950 quando Ricardinho conhece as chilenitas e se apaixona por uma delas, Lily. Para ela é amizade, mas para ele é o início de uma paixão sem fim.<br /><br />O destino separa os dois até Ricardo realizar o sonho de morar em Paris, trabalhando como tradutor. Lá, por destino, encontra a camarada Arlette que, nada mais, nada menos, era a chilenita. Após um encontro amoroso, a guerrilheira precisa ir a Cuba e os dois se seperam. O bom desse capítulo é justamente entender um pouco sobre as revoluções dos anos 60 e perceber que, assim como o Brasil, tantos outros países sofreram e mudaram com a revolução.<br /><br />O trabalho de tradutor leva Ricardo à Inglaterra onde, novamente por destino, encontra o conterrâneo Juan, o retratista de cavalos. Por intermédio dele conhece madame Robert Arnoux, a esposa do membro da Unesco, sua chilenita. A chilenita transforma-se na senhora Arnoux para fugir de Cuba em segurança. Novamente a história de amor é breve até que a chilenita largue tudo para viver com Mrs. Richardson, um homem com mais dinheiro e poder que Robert Arnoux. Nesse contexto, o melhor é a história de Juan, do movimento hippie, da decadência ocorrida pelo uso de drogas e o surgimento da AIDS.<br /><br />O ápice do livro ocorre no quarto encontro entre Ricardo e a chilenita, através de Salomon Toledano, o intérprete do Chateau Meguru. Ricardo e Salomon vivem uma breve amizade até que, a trabalho, Salomon vai ao Japão e lá se apaixona por uma japonesa que conhece a menina má. Sabendo dessa notícia, Ricardo vai ao Japão e encontra chilenita que vive com o sr. Fukuda, um marfioso sadomasoquista. Ricardo tem, nesse momento, a pior decepção de sua tímida vida. <br /><br />Afastados mais uma vez, Ricardo e a chilenita se encontram em Paris, onde ela chega muito debilitada e frágil. Tudo começa com um telefonema da chilenita atendido por Yilal, o menino sem voz. Essa notícia faz Simon e Helena Gravoski, amigos e visinhos de Ricardo, se interessagem pela história de Ricardo e insentivarem ele a perdoar e reviver esse amor. Neste capítulo ocorre, para mim, a parte mais bonita do livro, onde realmente eu encontrei motivos para lê-lo. Isso já é a metade do livro. Neste capítulo é possível tomar afeição pela menina má e perdoar seus devaneios. A menina má finalmente se torna a madame Ricardo Somocurcio.<br /><br />Numa viagem ao Peru para rever seu tio Ataúlfo, Ricardo conhece, através do seu primo Alberto, Arquimedes, o construtor de quebra-mares e logo percebe que está diante do próprio sogro. Neste momento descobre que o verdadeiro nome da chilenita é Otilita ou Otília. Descobre a infância difícil, a pobreza e acredita que sejam motivos sufientes para justiticar todas as travessuras da menina má.<br /><br />O último e definivo encontro ocorre em Lavapiés, na Espanha, onde Ricardo vive com Marcela, uma artista que montava cenários para peças, 20 anos mais jovem que ele. Nesse tempo Ricardo já tinha 54 anos. A menina má, após sofrer um câncer generalizado procura Ricardo, declara seu amor e resolve viver com ele até os últimos dias de sua agitada vida.<br /><br />Fica no ar uma dúvida: Por que a menina má causa tanto alvoroço em quem lê?<br />Talvez porque no fundo de nossas almas desejamos um amor puro e verdadeiros, desses que nos aceitam como somos, nos perdoam e vivem para nós. Outro motivo porque desejamos sair das nossas monótonas vidas sem perder o porto seguro. Talvez, principalmente talvez, porque todos vivemos envoltos, assim como a menina má, nos próprios personagens que criamos com a diferença que não temos forças para nos livrar deles e recomeçar.<br /><br />Encontrei um blog que faz uma resenha interessante sobre o livro, admito, bem melhor que a minha. Que tal lê-la? <a href="http://alessandraalves.blogspot.com/2008/07/para-gostar-de-ler-travessuras-da.html">http://alessandraalves.blogspot.com/2008/07/para-gostar-de-ler-travessuras-da.html</a><br />Eu tive a impressão, ao ler o livro, que existia sentimentos do próprio autor na história, mas não tinha associado a questões políticas. É um contexto bem interessante.Geovanahttp://www.blogger.com/profile/01590146106796890459noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1652691191690755383.post-88190898224562094602009-03-10T09:52:00.007-03:002009-05-29T11:12:00.013-03:00A Caixa dos Segredos<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_enuQd7ADcDs/SbZpGR4Qg6I/AAAAAAAACMw/vOIy5172pCk/s1600-h/caixaSegredos.jpeg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 146px; height: 191px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_enuQd7ADcDs/SbZpGR4Qg6I/AAAAAAAACMw/vOIy5172pCk/s200/caixaSegredos.jpeg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5311548367129576354" /></a> Título:A Caixa dos Segredos<br />Autor:August Gold e Joel Fotinos<br />Editora: Ediouro<br /><br />Essa semana terminei de ler A Caixa dos Segredos. O livro foi emprestado por minha mãe que o comprou pelo título, tive a quem puxar. A princípio não dei nada pelo livro, imaginei um daqueles textos me convencendo que eu deveria colocar o desejo numa caixa e ficar esperando acontecer, mas o livro surpreendeu tanto pelo conteúdo como pela forma de escrita.<br /><br />Com uma linguagem simples e clássica, o livro conta a história de um homem que carregava uma maldição familiar de morrer jovem, por isso sempre vivia com medo de morrer ou perder as pessoas que amava. Quando criança, para passar seus medos, sempre recorria a um velho sótão que era seu guru. Na juventude conhece uma moça com quem casa e tem dois filhos. Em um momento de angústia, o homem encontra uma caixa com um segredo que, compartilhado, mudou a vida de muitas pessoas de uma cidade.<br /><br />A essência do livro está em mostrar que com fé é possível alcançar os desejos mais íntimos. A diferença do livro está no fato de que tudo o que pedir terá que construir, Deus apenas dá os meios para que a própria pessoa realize seus sonhos. Qdo se deseja algo deve-se ter exata certeza do que deseja, pois uma vez pedido não pode ser mudado.<br /><br />Outro ponto importante é a reconstrução, quando o autor fala que as perdas também são importantes para construir as vitórias. Na natureza sempre há perda. Uma árvore perde suas folhas para alimentar seu solo, perde seus frutos que alimentam pássaros e plantam novas sementes. Um animal deixa sua terra em busca de um lugar melhor. Embora o caminho seja difícil e perigoso, encara a perda como algo natural.<br /><br />Assim devemos ser. Desejar exatamente o que queremos para nós e para os outros, sabendo que o outro também tem seus próprios desejos e não devemos desejar ao pŕoximo nada que não queiramos para nós. Devemos lembrar que nós construiremos aquilo que desejamos, então se desejamos felicidade, prosperidade e paz, contruiremos coisas boas, mas se desejamos guerra, doença ou mal a alguém teremos que conviver com coisas ruins. Deus está presente para nos ouvir, nos ensinar a pescar, basta dizermos exatamente os nossos sonhos e transformarmos perdas em vitórias.<br /><br />Dedico este comentário a Carla, porque falei do livro a ela.Geovanahttp://www.blogger.com/profile/01590146106796890459noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1652691191690755383.post-45951849752576665332009-01-03T10:13:00.004-03:002009-05-29T11:13:02.541-03:00Crônicas do Cotidiano, Tempo de DelicadezaEssa semana, ao fazer compras no mercado, levei para casa dois livros de crônicas, daqueles bem baratinhos que a gente coloca junto com o mercado e nem sente no bolso, L&PM Poket. Um deles é Crônicas do Cotidiano, de Martha Medeiros ou outro é Tempo de Delicadeza, de Affonso Romano de Sant´Anna. Sabem do meu apreço pelo que Martha escreve porque quando leio algo dela parece que fui eu quem escrevi, embora nem sempre concorde com tudo, o que a torna melhor ainda.<br /><br />A primeira crônica é "Ponto G". Eu li e pensei: é Martha, já passei dessa fase. Então passei para a segunda, "Religião e Infidelidade", e pensei: Ai meu Deus, preciso rápido frequentar uma igreja. Acho que só vão entender se forem agorinha na net encontrar essas crônicas ou, melhor, comprar o livro.<br /><br />Após Martha, ou junto com o dela, quero muito ler Tempo de Delicadeza porque o título e a apresentação me agradaram muito. Imaginem alguém que defende, em plena turbulência capitalista, que devemos ser cruelmente delicados. Pois este é o tema pricipal das crônicas do poeta Affonso Romano.<br /><br />Para quem quer duas sugestões boas e baratas, é só ir ao mercado ou banca mais próxima, comprar por R$8,00 e vir aqui comentar o que achou do texto. Boa leitura.Geovanahttp://www.blogger.com/profile/01590146106796890459noreply@blogger.com6