Ler é algo maravilhoso, mas é difícil começar porque, diante de tantas opções, não sabemos qual escolher. Na maioria das vezes, nos deparamos com gostos diferentes do nosso e isso, de alguma forma, nos inibe de começar a ler.
Nas escolas nos indicam Iracema, Memórias Póstumas de Brás Cubas, O Mulato e alguns outros bons livro, mas que são chatos quando não pegamos o jeito de ler e abstrair o rebuscamento da época.
Por isso, decidimos criar este blog para indicar os livros que lemos, como os classificamos, fazer uma resenha, indicar sites para baixar livros, enfim, incentivar quem deseja iniciar uma boa leitura ou continuar nesse mundo de troca de informação tão brilhante.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Quem Me Roubou de Mim?


Título: Quem me roubou de mim?
Autor: Fábio de Melo
Editora: Canção Nova
Ano: 2008

Quem já se sentiu perdido de si mesmo? Quem já se olhou no espelho e disse: "Esse não sou eu", "Esse relacionamento me tirou do sério", "Não me reconheço mais" dentre tantas frases que podemos citar. O livro "Quem Me Roubou de Mim" fala justamente do sequestro do subconsciente.

Para explicar o sequestro do subconsciente, o autor faz uma abordagem inicial sobre o sequestro do corpo, a vida no cativeiro, a relação entre sequestrador, sequestrado e a família. Após essa introdução, Fábio explica o sequestro do subconsciente.

Para contextualizar ele se vale de histórias ouvidas como sacerdote, intuição, experiência pessoal e teorias filosófica e teológica. Tudo isso junto dá ao livro uma percepção maior que um simples livro de auto-ajuda.

Ao longo de nossas vidas podemos sequestrar ou ser sequestrados. Podemos imaginar um relacionamento que não existe, uma pessoa que não existe, criar um personagem e ter que vivê-lo até sair do cativeiro. Podemos deixar de viver por medo, viver preso no vício e tantas outras formas de cativeiro.

Fábio deixa claro que podemos e devemos ser livres, devemos nos livrar dos cativeiros das nossas vidas. Uma passagem interessante é quando ele diz que não existe amor ideal porque o ideal está pronto e o ser humano está sempre se modificando. O que existe é a pessoa certa e para encontrá-la é preciso conhecê-la. Por isso ele acredita que paixão à primeira vista corre o risco de ser um desastre. A graça do amor é justamente aceitar o outro com os defeitos, buscar melhorá-lo sem retirar-lhe a essência.

A parte mais bonita do livro é saber que podemos tirar pessoas do cativeiro, trazê-la para a realidade, torná-la livre e feliz. Ele cita a passagem bíblica onde a mulher, no momento de ser apedrejada é salva por Jesus, apenas com palavras ditas no momento certo. Ele explica o quanto aquela mulher estava presa em seu cativeiro de prostituição e Jesus a salvou quando acreditou que ela poderia ser melhor e que não merecia a morte pelas mãos dos que a fizeram pecar.

Para finalizar ele deixa um conjunto de resposta que até hoje penso e não consigo responder. Buscar as respostas é fator essencial para concluir o livro, pois este só está definitivamente lido quando a mensagem for absorvida pelo leitor.

Em breve falarei das minhas descobertas a partir do livro, mas isso já é outra publicação.