
Título: Quem me roubou de mim?
Autor: Fábio de Melo
Editora: Canção Nova
Ano: 2008
Quem já se sentiu perdido de si mesmo? Quem já se olhou no espelho e disse: "Esse não sou eu", "Esse relacionamento me tirou do sério", "Não me reconheço mais" dentre tantas frases que podemos citar. O livro "Quem Me Roubou de Mim" fala justamente do sequestro do subconsciente.
Para explicar o sequestro do subconsciente, o autor faz uma abordagem inicial sobre o sequestro do corpo, a vida no cativeiro, a relação entre sequestrador, sequestrado e a família. Após essa introdução, Fábio explica o sequestro do subconsciente.
Para contextualizar ele se vale de histórias ouvidas como sacerdote, intuição, experiência pessoal e teorias filosófica e teológica. Tudo isso junto dá ao livro uma percepção maior que um simples livro de auto-ajuda.
Ao longo de nossas vidas podemos sequestrar ou ser sequestrados. Podemos imaginar um relacionamento que não existe, uma pessoa que não existe, criar um personagem e ter que vivê-lo até sair do cativeiro. Podemos deixar de viver por medo, viver preso no vício e tantas outras formas de cativeiro.
Fábio deixa claro que podemos e devemos ser livres, devemos nos livrar dos cativeiros das nossas vidas. Uma passagem interessante é quando ele diz que não existe amor ideal porque o ideal está pronto e o ser humano está sempre se modificando. O que existe é a pessoa certa e para encontrá-la é preciso conhecê-la. Por isso ele acredita que paixão à primeira vista corre o risco de ser um desastre. A graça do amor é justamente aceitar o outro com os defeitos, buscar melhorá-lo sem retirar-lhe a essência.
A parte mais bonita do livro é saber que podemos tirar pessoas do cativeiro, trazê-la para a realidade, torná-la livre e feliz. Ele cita a passagem bíblica onde a mulher, no momento de ser apedrejada é salva por Jesus, apenas com palavras ditas no momento certo. Ele explica o quanto aquela mulher estava presa em seu cativeiro de prostituição e Jesus a salvou quando acreditou que ela poderia ser melhor e que não merecia a morte pelas mãos dos que a fizeram pecar.
Para finalizar ele deixa um conjunto de resposta que até hoje penso e não consigo responder. Buscar as respostas é fator essencial para concluir o livro, pois este só está definitivamente lido quando a mensagem for absorvida pelo leitor.
Em breve falarei das minhas descobertas a partir do livro, mas isso já é outra publicação.