Ler é algo maravilhoso, mas é difícil começar porque, diante de tantas opções, não sabemos qual escolher. Na maioria das vezes, nos deparamos com gostos diferentes do nosso e isso, de alguma forma, nos inibe de começar a ler.
Nas escolas nos indicam Iracema, Memórias Póstumas de Brás Cubas, O Mulato e alguns outros bons livro, mas que são chatos quando não pegamos o jeito de ler e abstrair o rebuscamento da época.
Por isso, decidimos criar este blog para indicar os livros que lemos, como os classificamos, fazer uma resenha, indicar sites para baixar livros, enfim, incentivar quem deseja iniciar uma boa leitura ou continuar nesse mundo de troca de informação tão brilhante.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

O Caçador de Pipas


Comprei o livro "O Caçador de Pipas" em setembro deste ano, mas evitei de lê-lo por me parecer especial demais para ler em qualquer momento. Falando desse meu "trauma" com Rosinha, ela me convenceu a começar a ler por que, segundo ela, "não existe hora boa ou ruim pra começar a ler um livro". Foi o que fiz, conseguindo concluí-lo no sábado, dia 03/11/2007.
Nos primeiros capítulos, achei a linguagem infantil e as ideias bobas, então, novamente apelei pra Rosinha que me veio com mais uma frase: "É assim mesmo, é pra percebermos a personalidade de Amir. Chega um capítulo, não lembro qual, que a gente não pára mais de ler". E foi isso que aconteceu. Na verdade, lembramos perfeitamente qual capítulo não paramos mais de ler, mas se contarmos, perderá a surpresa do livro.
O livro é bem escrito, tem muita descrição o que nos faz imaginar os traços das pessoas, os ambientes e os costumes da região do Afeganistão. É possível imaginar o Afeganistão antes e depois da guerra e também perceber um povo forte, com princípios, que se perdeu em sua própria ignorância e numa guerra desigual.
Tem algumas coincidências no livro que o faz parecer um roteiro de filme ou novela e, às vezes, me peguei imaginando e acertando, o que o autor narraria adiante. Isso me fez ficar em dúvida se é algo bom ou ruim em um livro. Outra coisa que não gostei foi o final porque, nesse ponto, sou meio afegã, gosto de saber o final e de saber que é um final feliz. É como assistir uma novela e, após a mocinha sofrer muito, não consegue casar com o mocinho. Talvez essa característica seja positiva para muitos leitores.
Eu o recomendo. Não é livro pra rir e sim pra chorar, viver, imaginar e entender um pouco sobre um povo tão sofrido e tão orgulhoso. Comece a qualquer momento, leia com qualquer idade.

Na wikipedia tem detalhes sobre o livro. Aviso que conta boa parte do enredo, então pode perder um pouco a graça.

Um comentário:

Geovana disse...

Tem algo que não coloquei aí e lembrei ao conversar agora com Rosinha: Uma vida que começa com mentiras, será sempre uma mentira
a menos que alguém quebre este silêncio.